Eu vi e vivi o futuro da Terra! Deslumbramento, plenitude, gratidão... Não é fácil descrever meus sentimentos em Findhorn, uma comunidade ecológica - ou ecovila - situada entre os castelos e bosques da belíssima Escócia, onde passei quase um ano de minha vida. Findhorn é uma miniatura do mundo, ou melhor, do que o mundo será um dia. Do que será, sim, agora tenho certeza. Ali, pessoas de todos os continentes, credos e idades, pacífica e intensamente, abrem novas possibilidades de ser e de conviver. As idéias práticas e positivas dessa ecovila pioneira (www.findhorn.org) encontraram um campo fértil. Hoje, uma rede mundial de ecovilas, a GEN - Global Ecovillage Network (http://gen.ecovilage.org), demonstra que uma cultura de paz e abundância já é possível em algumas partes do mundo.
Trabalhando na cozinha, na horta ou até na construção, descobri em Findhorn que são os pequenos gestos do dia-a-dia que podem mudar o mundo: comprar um produto que seja a favor do meio ambiente (como objetos de metal e vidro reciclados), substituir a madeira pelo bambu, para evitar o corte das matas (www. bambubrasileiro.com), preferir tintas de baixa toxidade, que usam água como solvente, em vez de produtos químicos (há opções da Renner e da Sayerlack), escolher eletrodomésticos com o selo Procel, que indica o baixo consumo de energia.
MATERIAIS REAPROVEITADOS
Em Findhorn, após o trabalho, voltávamos para casa atravessando bosques de árvores imensas. Era difícil imaginar que tudo aquilo, um dia, foi um deserto gelado. Mas era maravilhoso constatar que toda aquela paisagem se transformou pelas mãos do homem. E que a cidade e a natureza podiam conviver pacificamente. Não me esqueço do aconchego e da beleza das casinhas redondas, reaproveitamento de tonéis de uísque descartados. Ou da poesia que irradiava dos telhados gramados, eficientes na conservação da temperatura interna, num local em que o inverno chega a 25º C negativos!
Sobre tudo isso, existem livros, cursos e exemplos inspiradores aqui no Brasil. O Ipec - Instituto de Permacultura (www.permacultura.org.br) possui publicação sobre o permacultura, palavra que significa planejamento de comunidades humanas sustentáveis, e oferecerá o curso Bioconstruindo, de 6 a 13 de julho, em Goiás. Os livros Pachama e Missão Terra (Ed. Melhoramentos) contêm propostas de jovens e crianças de todo o mundo para salvar o planeta. O Centro de Ecologia Integral estimula a cultura da paz (www.ecologiaintegral.cjb.net).
Não ignorar o caos planetário, mas ser uma resposta a ele foi outra das lições de vida naquele lugar. Entendi quea criação de um mundo novo depende de todos nós, que cada um pode dar sua resposta à poluição e ao desperdício. Por exemplo, se você separar as caixinhas usadas de leite para a coleta seletiva do lixo, elas poderão ser reaproveitadas, transformando-se em placas bonitas e resistentes, em forma de telhaou divisória. Com imaginação, a placa vira biombo, mesa. Uma empresa que comercializa essa placa é a Reciplac (www.reciplac.com.br).
Já existem esgotos ajardinados. A Rhizotec Tecnologia Ambiental oferece um sistema que utiliza um belo jardim aquático para tratamento do esgoto, que se transforma em água limpa e não polui os rios. Existe também um sistema para a captação e o tratamento da água da chuva (www.rhizotec.com.br). O Idhea - Instituto da Habitação Ecológica oferece, para a construção, telhas de sobras de madeira (taubilha), blocos de areia descartada de fundições, para paredes (recibloco), chapa de tubos de pasta de dente reciclados para forros (www.idhea.com.br). Tudo muito resistente.
Como você deve ter percebido, uma ecovila não é apenas um lugar físico, é um estado de consciência, que podemos levar conosco para onde formos. Um dos lemas de Findhorn é que "o trabalho é o amor em ação". O amor pelo ambiente, por todas as manifestações da vida e pelas futuras gerações combina com pessoas plenas e mais felizes.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014
ECOVILAS, UM NOVO JEITO DE MORAR por Carlos Solano
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domingo, 14 de setembro de 2014
SOPA DE TOMATE
Para 4 pessoas
1,2 kg de tomates bem maduros
2 dentes dealho ligeiramente amassados
alguns ramos de tomilho (ou orégano)
6 cebolinhas verdes
3 ovos
2 colheres(sopa) de azeite
sal
pimenta do reino a gosto
4 torradas
Mergulhe os tomates em água fervente por 5 segundos (não mais que 2 ou 3 tomates de cada vez). Escorra e passe em água fria. Descasque os tomates, divida em quatro e retire as sementes. Corte cada pedaço em 3 ou 4 pedacinhos. Em uma panela, aqueça o azeite, depois frite o alho e o tomilho. Retire o alho e o tomilho da panela e coloque os tomates. Sem tampar, cozinhe por 2 minutos, mexendo com frequência. Adicione 3 e 1/2 xícaras (chá) de água fervente. Tenpere com o sal e cozinhe, sem tampar, em fogo médio por mais 10 minutos. Bata os ovos e coloque em uma panela coma metade da cebolinha verde, o sal e 3 colheres (sopa) de água. Leve ao banho maria, batendopor uns 5 a 10 minutos para obter um creme grosso. Divida a sopa de tomates em quatro pratos. No centro, disponha o creme de ovos. Tempere com a pimenta-do-reino. Enfeite com a cebolinha verde restante e sirva com as fatias de pão.
1,2 kg de tomates bem maduros
2 dentes dealho ligeiramente amassados
alguns ramos de tomilho (ou orégano)
6 cebolinhas verdes
3 ovos
2 colheres(sopa) de azeite
sal
pimenta do reino a gosto
4 torradas
Mergulhe os tomates em água fervente por 5 segundos (não mais que 2 ou 3 tomates de cada vez). Escorra e passe em água fria. Descasque os tomates, divida em quatro e retire as sementes. Corte cada pedaço em 3 ou 4 pedacinhos. Em uma panela, aqueça o azeite, depois frite o alho e o tomilho. Retire o alho e o tomilho da panela e coloque os tomates. Sem tampar, cozinhe por 2 minutos, mexendo com frequência. Adicione 3 e 1/2 xícaras (chá) de água fervente. Tenpere com o sal e cozinhe, sem tampar, em fogo médio por mais 10 minutos. Bata os ovos e coloque em uma panela coma metade da cebolinha verde, o sal e 3 colheres (sopa) de água. Leve ao banho maria, batendopor uns 5 a 10 minutos para obter um creme grosso. Divida a sopa de tomates em quatro pratos. No centro, disponha o creme de ovos. Tempere com a pimenta-do-reino. Enfeite com a cebolinha verde restante e sirva com as fatias de pão.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
PROJETORES PARA DECORAR A CASA?
Um homem chamado Mr. Beam (não, não é o comediante) teve a brilhante idéia de usar projetores para decorar os ambientes de sua casa, seus móveis ficam com capas brancas, e ao ligar o projetor ele muda quando quiser a decoração de seu quarto ou sala. Idéia bem bacana, né? :P
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
MINICASAS
Elas são pequenas, mas nem por isso precisam ser minimalistas. Costumam ser erguidas com materiais sustentáveis. Isso sem falar que o próprio espaço que elas ocupam, bem menor que o habitual, já é um sinal de seu potencial verde: geram menos energia, desperdiçam bem menos, oferecem muito menos espaço para a habitual acumulação de pilhas, tralhas e outras inutilidades. E são baratas: ninguém vai passar os próximos 30 anos pagando hipoteca por elas, tampouco haverá a explosão de outra bolha imobiliária por sua causa. A tendência das minicasas, que se alastra pelo mundo a partir dos Estados Unidos (atente ao paradoxo: o país do desperdício é ao mesmo tempo o terreno de uma nova consciência ecológica), é a grande novidade arquitetônica e imobiliária dos últimos anos. Com dimensões próximas às das casas de bonecas - há modelos que começam em míseros 5 m² até "mansões" de 78 m² -, as minicasas têm no designer norte-americano Jay Shafer um de seus masi famosos apóstolos. Autor do livro The Small House Book ("O livro de minicasa", ainda sem edição brasileira), Shafer percorre seu país fazendo o catecismo das pequenas dimensões em palestras e workshopes. Ele mesmo, como não poderia deixar de ser, mora em uma dessas casas mínimas.
sábado, 29 de janeiro de 2011
FRANK LLOYD WRIGHT

Ele é o autor do projeto do Museu Guggenheim de Nova York, de cujas rampas espiraladas se contemplam as obras de arte caminhando em procissão, como em um ritual religioso.
Projetou a famosa Casa da Cascata (Pensilvânia, Estados Unidos), que se precipita sobre um rio. Criou arranha-céus em forma de árvore, casas arredondadas como conchas, colunas em forma de cogumelos, soluções que mudaram os rumos da arquitetura mundial.
Sua arquitetura é orgânica, ou seja, se integra ou se inspira na natureza. Para ele a casa, a natureza e o homem são partes de uma única realidade.
Um edifício orgânico deve crescer naturalmente do lugar, dialogar com o entorno. Para a planície, ele sugeria uma casa

Para Frank Lloyd, a verdadeira função da arquitetura é elevar a vida
humana buscando sempre a beleza da natureza. O feio, o poluído e o degradado não constituiriam apenas uma violação dos valores estéticos, mas seriam ofensas contra a natureza. As obras deste arquiteto são um testemunho do que existe de mais belo e profundo no ser humano. Por isso irradiam esperança e sinalizam um futuro positivo para todos nós.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010
EDIFÍCIO MARTINELLI, O PRIMEIRO ARRANHA CÉU DE SÃO PAULO
O Prédio Martinelli é, hoje em dia, gerido pela prefeitura de São Paulo. Por isso é fácil marcar uma visita gratuitamente e ir pessoalmente conhecer o topo desta construção. O que eu recomendo é uma passada pela Igreja de São Bento (aproveite para passar na lojinha e comprar alguns pães que são feitos pelos monges e, se tiver tempo e disposição, assistir aos cantos gregorianos que ocorrem em diferentes horários), depois dê uma passada no Centro Cultural do Banco do Brasil (o chocolate quente deles é delicioso) e vá para o edifício Martinelli. O prédio foi projetado e arquitetado por seu proprietário, o italiano Giuseppe Martinelli, de origem da cidade de São Donato de Lucca, na Toscana, Itália; nascido aos 23 de julho de 1870. Mestre de o
bras, descendia de uma família tradicional de empreiteiros, chegou ao Brasil como imigrante italiano em 1892 atraído pelas lavouras de café. Com espírito empreendedor, instalou-se em Santos com uma empresa de despachante e logo em seguida com uma agência de vapores para importação e exportação. Durante a Primeira Grande Guerra, de 1914 a 1918, prestou relevantes serviços ao Brasil transportando café, cereais e outros gêneros de Santos e Rio de Janeiro para a Europa. Em 1992 iniciou o projeto para a construção do edifício, idealizado para ser o maior da América do Sul. Sua construção ocorreu de 1924 a 1929, sendo a primeira construção em "concreto armado", tecnologia trazida da Europa pelo próprio Martinelli. Inagurado em 1929 com doze andares, sua construção continuou até 1934 até a sua forma definitiva com 30 andares e 130 metros de altura, rompendo completamente com a horizontalidade da paisagem de São Paulo. Não tendo apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender uma parte do empreendimento ao "Instituto Nacional de Crédito per il Lavora Italiano a L
'Estero" do governo italiano, motivo pelo qual o governo brasileiro tomou o prédio para si, após a Segunda Grande Guerra. Nem bem foi concluído, o Prédio Martinelli já era o cartão de visita da Cidade, atraindo muitos visitantes e turistas que ficavam boquiabertos pela suntuosidade da obra. Não é difícil de imaginar o impacto que essa construção causou se pensar que não havia nenhum prédio no Brasil antes desta data. Como fica em uma ladeira, o povo que passava por ali morria de medo que o arranha céu tombasse. Para provar que a construção era segura, Martinelli construiu a casa de sua família no topo e ali foi morar. Logo o Hotel São Bento foi instalado ali e isso também modificou a postura da cidade ate
ndendo aos homens de negócios estrangeiros e viajantes que vinham do interior e até de outros países. Nos salões Verde e Mourisco, serviam-se chás e realizavam-se reuniões dançantes. Vários partidos políticos tiveram suas sedes no Edifício Martinelli: o antigo P.R.P, P.C, P.I e posteriormente a U.D.N. Os Clubes da cidade também ocupavam as suas dependências como o Palestra Itália, hoje o Palmeiras, a Portuguesa de Desportos e o IT Clube, hoje desaparecido. O declínio do edifício começou nas décadas de 60 e 70. Em 1975 a prefeitura o reformou sendo que foi reinaugurado em 1979. No 26° andar exibe um belíssimo terraço do qual se tem uma visão panorâmica da cidade, avistando-se o Pico do Jaraguá, as antenas da Avenida Paulista e os milhares de prédios que compõe a paisagem urbana desta mega cidade. De todas as fotos que tirei, somente as que estão aqui sobreviveram. Por isso, para conhecer toda a suntuosidade do lugar, só visitando.
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domingo, 7 de novembro de 2010
A CATEDRAL DA SÉ E O ESTILO GÓTICO
No dia 25 de janeiro de 1912, o Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, convocou políticos e pessoas importantes da cidade para informar uma grande decisão: a antiga Catedral da Sé seria demolida para dar lugar a uma nova Catedral. Era preciso atrair os novos migrantes que chegavam à capital. Apesar de algumas particularidades, o estilo escolhido para esta nova Catedral foi o gótico. O estilo gótico surgiu na França no século XII, colocando fim à escuridãoda época medieval. A Catedral Gótica simboliza a casa do povo, onde se realizariam não apenas os atos religiosos, mas também atividades de toda a comunidade. As igrejas se tornaram altas e imponentes. Suas torres pontiagudas se erguem como se fossem atingir as nuvens, induzindo os fiéis a olharem para o alto. A arquitetura segue embasada em um forte simbolismo teológico: as paredes como a base espiritual da igreja, suas pilastras simbolizam os santos e os grandes vitrais fazem a luz entrar em
múltiplas cores para representar a presença divina.
Muito tempo se passou entre a decisão de Dom Duarte e a inauguração da Catedral em 25 de janeiro de 1954, um presente para São Paulo, que estava completando quatro séculos de fundação. A demora na construção foi causada principalmente pelas duas Grandes Guerras, que dificultaram muito a importação dos materiais necessários. Construída para ser o reflexo da fartura de nossos recursos naturais, a Catedral é decorada por animais de nossa fauna, como o sapo-boi, o tatu, o tucano, o lagarto e a garça, além da nossa rica flora espalhada em todos os capitéis. No arco de entrada é possível observar os três elementos responsáveis pelo crescimento econômico do País esculpidos em pedra: cacau, trigo e uva. A igreja conta também com dezenas de estátuas e baixos-relevos, feitos na Itália e trazidos para cá pouco antes de sua inauguração. Fabricado na Itália, o órgão da Catedral é considerado o maior da América do Sul. Possui cinco teclados manuais e cerca de 12 mil tubos com relevos entalhados à mão, seguindo o estilo gótico. O carrilhão localiza
do nas torres é composto por 61 sinos, 35 deles acionados eletronicamente, formando um dos mais imponentes carrilhões do Brasil.
Abaixo do altar-mor, está situada a cripta, uma capela subterrânea, inautrada em 1919, no mesmo estilo da Catedral. Ao redor de suas colunas e arestas, estão construídas as 30 câmaras mortuárias, destinadas a guardar os restos mortais dos arcebispos, além de duas personalidades históricas: Padre Feijó, regente do Império, e o Cacique Tibiriça, primeiro cidadão de Piratininga.
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