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domingo, 1 de agosto de 2010

DE QUE SÃO FEITOS OS SONHOS


Poucos dias antes de seu assassinato, o presidente americano Abraham Lincoln (1861-1865) teria tido um sonho vívido sobre sua própria morte. Paul McCartney ouviu a melodia de "Yesterday" durante o sono, mas acordou cantando as palavras "ovos mexidos". E Freud e Jung tinham uma ou duas coisas a dizer sobre os onhos.


O reino do insconciente do pintor Salvador Dali há muito oferece sugestões formidáveis de simbolismo e profecia. E, embora a ciência questione décadas de suposições sobre a importância e o significado dos sonhos, muitas pessoas ainda os consideram um poço sem fundo de sabedoria e orientação.


Em seu novo filme "A Origem", o diretor Chritopher Nolan criou efeitos especiais futuristas para evocar as estratégias subconscientes de um especialista em espionagem mental que planta e extrai informações enquanto seus sujeitos dormem. O resultado é uma torrente enlouquecida de ação, ambientes surreais e personagens que podem ou não existir.


Conforme escreveu A. O. Scott, do "New York Times", em resenha, "O insconciente, como sabia Freud ( e Hitchcock, e muitos outros grandes cineastas), é um lugar extremamente desgovernado, um labirinto de desejos inadmissíveis, segredos confusos, anedotas e medos".


Alguns atores, incluindo Meg Ryan e Harvey Keitel, estão recorrendo a essa mesma realidade inconsciente para burilar sua arte. Em oficinas em Nova York e Los Angeles, eles usam a psicologia junguiana para representar papéis de seus próprios sonhos.


"Os atores estão sempre buscando formas de se aproximar da psicologia, da vida, da experiência dos personagens que estão criando", disse Keitel ao "Times". E acrescentou: "O trabalho com o sonho trouxe mais uma ferramenta para o ator - nós encenamos nossos sonhos, nós os colocamos de pé".


Os não artistas também podem receber um "Feedback" sobre seus sonhos, sem os custos de um psicanalista. Em grupos que estão proliferando em alguns países, as pessoas abrem seus sonhos à discussão.


Contar seu sonho para um grupo de pessoas pode ser uma experiência muito intensa. Isso traz diferentes perspectivas, que iluminam aspectos do sonhos que talve você não percebesse sozinho.


Mas, apesar de nossa constante busca por poesia, significado e orientação nos sonhos, a neurociência pode estar se inclinando para uma interpretação mais prosaica. Os sonhos podem ser mais fisiológicos do que psicológicos, simplesmente uma sintonização para a vigília consciente. Alguns cientistas defendem a teoria de que nossos cérebros, divorciados dos sentidos da vigília durante o sono, continuam disparando impulsos aleatórios para manter as coisas funcionando suavemente. Alguns afirmam que o sonho é apenas a consciência trabalhando sem a ajuda dos sentidos.


Quanto a símbolos e profecias portentosos, um estudo com mil estudantes sugeriram que o viés do interesse próprio tem um papel importante em como interpretamos nossos sonhos. Em outras palavras, nós vemos o que queremos ver.


No caso de Freud, era sexo. Lincoln poderia ter um desejo de morte. E Paul McCartney talvez quisesse apenas o café da manhã.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A FOTOGRAFIA E O SONHO








A influência do sonho na construção criativa do ser humano começou a se manifestar através de um movimento chamado Surrealismo. Apesar da interpretação dos sonhos sempre ter tido um grande impacto da vida dos orientais, no ocidente o sonho não tinha nenhuma importância maior para o cotidiano das pessoas antes de Freud iniciar um estudo sobre o assunto. O psiquiatra Sigmund Freud estudou o simbolismo dos sonhos e descobriu que grande parte deles se relaciona com a realização de desejos. Ele acreditava que refletem nossas vontades mais íntimas, geralmente enraizadas na infância, e entreviu aspectos sexuais ou eróticos em muitos deles. Seu discípulo Carl Jung julgava que seu simbolismo era mais profundo que a simples sexualidade, e incluía uma dimensão espiritual. Ou seja, concluiu que certas imagens aparecem como símbolos universais, constituindo parte do que ele chamou de inconsciente coletivo, construído sobre experiências culturais e memórias de nossos ancestrais.






Cena de Spellbound (Quando fala o coração) - Hitchcock


Imagens oníricas como a de ser perseguido por um monstro ou ameaçado por perigos na escuridão são comuns em todas as partes do mundo.


Influenciados por estes estudo as artes acabaram sendo influenciadas gerando imagens que mais tarde se fundiram à fotografia e chegaram aos cinemas. Dentre os mais famosos temos Hitchcock que fez uma parceria com Salvador Dali para fazer a composição visual do filme Spellbound, Luis Bunuel e Rene Magritte. Para poder fixar alguns conceitos vamos estudar duas obras específicas. A primeira é o quadro O Dorminhoco Inquieto de René Magritte. Utilize o minidicionário abaixo e tente analisar qual o real significado dessa imagem analisando os objetos com os quais o dorminhoco sonha.


Vamos dificultar um pouco mais. Agora vamos analisar a fotografia criada por Salvador Dali para o filme Spellbound de Hitchcock. O trecho a seguir mostra a descrição do sonho que o personagem principal está tendo. Como ele está tentando recuperar sua memória, vai relatando o sonho para os dois psicanalistas para que estes o ajudem a compreender seu significado. Qual seria a sua interpretação?


MINIDICIONÁRIO DE SÍMBOLOS
ABISMO – Algo sem fundo ou sem forma que foge à imaginação consciente, como o princípio do Mundo ou o seu fim. Símbolo relacionado ao inconsciente coletivo.
ÁRVORE – Na psicanálise é símbolo da mãe, do desenvolvimento psíquico espiritual, da morte e do renascimento.
BEIJO – Inicia como símbolo do sopro através da alma (que dá vida), transmissor de força e de vida possui relevância sagrada. O beijo de Judas é símbolo do abuso.
CHAPÉU – Símbolo do pensamento. Trocar de chapéu significa mudar de idéia.
CHAMINÉ – Nas lendas, superstições, aparecem na comunicação dos demônios e espíritos. Servem de passagem para bruxas e espíritos dos falecidos. Sua forma assemelha-se à caverna com duas aberturas.
ESCURIDÃO – Símbolo do caos, das forças do mal.
ESPELHO – Simbologia bastante difundida entre os povos; é símbolo da imaginação, do conhecimento, da consciência, da verdade, da clareza, da criação, do sol, da luz, da pureza perfeita da alma, da lua. Nas artes da idade Média e Renascença é símbolo da vaidade e da luxúria. Na Arte Medieval é símbolo da virgindade de Maria. Deus refletiu a sua imagem na forma de seu filho.
JOGO – Presente desde a antiguidade (cerca de 2000 a.C.), o jogo é um fenômeno primordial da vida. De forma variada, simples, mental e fisicamente mais desenvolvida, de estratégias, o jogo permeia a linguagem, o culto, a cultura e a vida social e política. Símbolo da luta contra homens ou obstáculos a serem vencidos de acordo com regras.
LAÇO – Símbolo do envolvimento, da ligação.
MAÇÃ – Símbolo da eternidade, da totalidade, da fecundidade, do amor. Na Tradição celta simboliza o conhecimento espiritual. As maçãs de ouro (Hespérides) simbolizam a imortalidade. No simbolismo cristão a maçã simboliza a Terra, as seduções do mundo, do primeiro pecado. A maçã na mão de cristo simboliza a redenção da culpa pelo primeiro pecado. Na árvore de Natal, significa a volta da humanidade ao paraíso realizada por Cristo. Maçã Real, símbolo da Terra é um símbolo da soberania mundial. Um dos primeiros frutos de coleta do homem.
OLHO – Símbolo da visão espiritual, é relacionado com a luz, com o espírito, espelho da alma. Na Bíblia o olho é símbolo de Deus. O olho na mão de Deus simboliza a sabedoria criadora. O olho dentro de um triângulo simboliza Deus Pai na Trindade.
PÁSSARO – Simbolismo antigo imemorial considerado parente do céu (vôo); símbolos do espiritual, do imaterial, da alma. No taoísmo simbolizam os imortais; símbolo da alma dos mortos para várias civilizações. No Corão simbolizam a imortalidade e o destino. No Ocidente e Índia são seres intermediários, alma do mundo. Um texto do Upanixades cita dois pássaros: um come os frutos da árvore do mundo (símbolo da alma individual ativa), o outro apenas contempla (símbolo do espírito absoluto e do conhecimento puro). O imaginário da ligação dos pássaros com poderes divinos baseia-se em Roma na crença do poder profético do vôo dos pássaros. Na arte cristã simbolizavam a alma salva. Nos antigos hieróglifos egípcios a alma voa do corpo após a morte. Na Psicanálise o pássaro é símbolo do sonhador.
RODA – Muito difundida como objeto de ornamentação no simbolismo de várias culturas; a roda é símbolo solar, é um dos principais símbolos do budismo, representa existências que precisam de redenção e a doutrina do Buda; símbolo do cosmo associada aos seus ciclos de renovação; símbolo de Deus e da eternidade (presente na sepultura de cristãos). Na Psicanálise simboliza a unidade na multiplicidade.
ROSTO – Simboliza a manifestação da vida espiritual.
SOMBRA – Para Jung pode ser a incorporação de sentimentos de culpa ou medo, em especial com relação a desejos ocultos e inconscientes.
VELA – Símbolo da luz, da alma individual; símbolo da relação entre espírito e matéria. Nas lendas a vela acesa representa uma vida humana. Os romanos faziam uso de velas nos cultos. No cristianismo a vela simboliza a luz e a fé. É usada na missa, festas, enterros e procissões.



BOLO BABA DE MOÇA

 INGREDIENTES PARA O PÃO DE LÓ 6 OVOS, 6 COLHERES DE AÇÚCAR, 6 COLHERES DE FARINHA DE TRIGO, 1 COLHER DE FERMENTO EM PÓ, MANTEIGA PARA UNTAR...