sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

LILITH

Diz um texto hebraico "Porque antes de Eva foi Lilith". Sua lenda inspirou ao poeta inglês Dante Gabriel Rosseti (1828-82) a compor o poema Eden Bower. Veja um trecho traduzido do poema:
Foi Lilith, a esposa de Adão:
(Pavilhão do Éden em flor).
Nem uma gota de seu sangue era humano,
Mas ela foi feita como uma mulher doce e suave.
Lilith ficou na saia do Éden;
(Ó Pavilhão das horas!)
Ela foi a primeira que dali foi conduzida;
Com ela estava o inferno e com Eva estava o céu.
Na orelha da serpente Lilith disse:
(Pavilhão do Éden em flor).
"Para ti eu venho quando o resto é mais;
A cobra era eu quando foste meu amante.
"Eu era a mais bela serpente do Éden:
(Ó Pavilhão das horas!)
Por vontade da terra, outra forma e função
Fez-me uma mulher para a nova criatura na terra.

Lilith era uma serpente; foi a primeira esposa de Adão e lhe deu filhos resplandecentes e filhas esplendorosas segundo os escritos. Depois, Deus criou Eva; Lilith, para vingar-se da mulher humana de Adão, convenceu-a a provar do fruto proibido e a conceber Caim, irmão e assassino de Abel. Essa é a forma primitiva do mito, seguida por Rossetti. No decorrer da Idade Média, sob a influência da palavra layil, que no hebraico quer dizer "noite", ele foi se transformando. Lilith deixou de ser uma serprente para ser um espírito noturno. Às vezes é um anjo que governa a geração dos homens; outras, demônios que assaltam os que dormem sozinhos ou os que andam pelas estradas. Na imaginação popular costuma assumir a forma de uma silenciosa mulher alta, de negros cabelos soltos.

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