O Prédio Martinelli é, hoje em dia, gerido pela prefeitura de São Paulo. Por isso é fácil marcar uma visita gratuitamente e ir pessoalmente conhecer o topo desta construção. O que eu recomendo é uma passada pela Igreja de São Bento (aproveite para passar na lojinha e comprar alguns pães que são feitos pelos monges e, se tiver tempo e disposição, assistir aos cantos gregorianos que ocorrem em diferentes horários), depois dê uma passada no Centro Cultural do Banco do Brasil (o chocolate quente deles é delicioso) e vá para o edifício Martinelli. O prédio foi projetado e arquitetado por seu proprietário, o italiano Giuseppe Martinelli, de origem da cidade de São Donato de Lucca, na Toscana, Itália; nascido aos 23 de julho de 1870. Mestre de o
bras, descendia de uma família tradicional de empreiteiros, chegou ao Brasil como imigrante italiano em 1892 atraído pelas lavouras de café. Com espírito empreendedor, instalou-se em Santos com uma empresa de despachante e logo em seguida com uma agência de vapores para importação e exportação. Durante a Primeira Grande Guerra, de 1914 a 1918, prestou relevantes serviços ao Brasil transportando café, cereais e outros gêneros de Santos e Rio de Janeiro para a Europa. Em 1992 iniciou o projeto para a construção do edifício, idealizado para ser o maior da América do Sul. Sua construção ocorreu de 1924 a 1929, sendo a primeira construção em "concreto armado", tecnologia trazida da Europa pelo próprio Martinelli. Inagurado em 1929 com doze andares, sua construção continuou até 1934 até a sua forma definitiva com 30 andares e 130 metros de altura, rompendo completamente com a horizontalidade da paisagem de São Paulo. Não tendo apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender uma parte do empreendimento ao "Instituto Nacional de Crédito per il Lavora Italiano a L
'Estero" do governo italiano, motivo pelo qual o governo brasileiro tomou o prédio para si, após a Segunda Grande Guerra. Nem bem foi concluído, o Prédio Martinelli já era o cartão de visita da Cidade, atraindo muitos visitantes e turistas que ficavam boquiabertos pela suntuosidade da obra. Não é difícil de imaginar o impacto que essa construção causou se pensar que não havia nenhum prédio no Brasil antes desta data. Como fica em uma ladeira, o povo que passava por ali morria de medo que o arranha céu tombasse. Para provar que a construção era segura, Martinelli construiu a casa de sua família no topo e ali foi morar. Logo o Hotel São Bento foi instalado ali e isso também modificou a postura da cidade ate
ndendo aos homens de negócios estrangeiros e viajantes que vinham do interior e até de outros países. Nos salões Verde e Mourisco, serviam-se chás e realizavam-se reuniões dançantes. Vários partidos políticos tiveram suas sedes no Edifício Martinelli: o antigo P.R.P, P.C, P.I e posteriormente a U.D.N. Os Clubes da cidade também ocupavam as suas dependências como o Palestra Itália, hoje o Palmeiras, a Portuguesa de Desportos e o IT Clube, hoje desaparecido. O declínio do edifício começou nas décadas de 60 e 70. Em 1975 a prefeitura o reformou sendo que foi reinaugurado em 1979. No 26° andar exibe um belíssimo terraço do qual se tem uma visão panorâmica da cidade, avistando-se o Pico do Jaraguá, as antenas da Avenida Paulista e os milhares de prédios que compõe a paisagem urbana desta mega cidade. De todas as fotos que tirei, somente as que estão aqui sobreviveram. Por isso, para conhecer toda a suntuosidade do lugar, só visitando.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
EDIFÍCIO MARTINELLI, O PRIMEIRO ARRANHA CÉU DE SÃO PAULO
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