Eu estava aqui pensando sobre o que falar dessa moça. Mas no final imagino que seria hipocrisia de minha parte descer-lhe a lenha. A mídia norte americana e por tabela, a colonizada mídia brasileira, sempre fez a festa em cima de popularidades auto destrutivas, visivelmente necessitadas de ajuda para gerir suas vidas. Parece existir um prazer mórbido em presenciar a derrocada de um herói na contemporaneidade. Desde Marilyn Monroe, passando por James Dean, Elvis Presley e recentemente, Michael Jackson. Neste quesito, no papel de alimento de mídia, Amy cumpriu seu papel com louvor. E nem adianta culpar a indústria fonografica por isso, já que somos nós quem comemos os pratos que são oferecidos. Provavelmente, a ideia do herói que ultrapassa os limites da vida ordinária humana também abrange elementos como uso indiscriminado de drogas, bebidas, autoflagelação, pedofilia, depressão, etc. Talvez o que as pessoas esperem ao acompanharem esse tipo de vida é uma reviravolta no final. Uma mudança na trajetória de vida dessa pessoa que a torne especial, como no caso, até o momento, de Angelina Jolie. Independente da pessoa, ou talvez pelo fato de se tratar desta pessoa, as músicas de Amy Winehouse possuem um encanto próprio de interpretação, como ocorria com Elis Regina aqui em nossa MPB. Então, deixando de lados os escândalos e todas as patacoadas da cantora, um pouco de sua arte...
AMY WINEHOUSE
LONDRES 14 DE SETEMBRO DE 1983
LONDRES 23 DE JULHO DE 2011
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