Eu quase não falo das animações norte americanas por que elas estão bem envelhecidas por conta da estrutura criada pela indústria televisiva e cinematográfica de ficar reapresentando as mesmas histórias a cada 10 ou 15 anos. 90% da produção que vemos hoje são releituras dos mesmos personagens que geralmente são imortais em sua história, especialmente os personagens em quadrinhos que estão eternamente presos em um mesmo momento em uma história que nunca tem um desfecho. AEON FLUX, criada por Peter Chung para um programa da MTV em 1991, não é uma exceção mas, ao menos, segue uma construção ligeiramente diferente. Você tem os personagens fixos, o governante tirano ou idealista, os oprimidos que se opõem a este tirano e uma série de personagens grotescos que aparecem no meio do conflito entre estas duas forças. Aeon Flux é uma agente monican que à vezes luta, às vezes ajuda este governante, num jogo meio dúbio de amor e ódio. As vezes é uma heroína, outras vezes uma terrorista. As vezes consegue levar suas missões com êxito, outras não. A série animada contava com histórias fechadas onde cada capítulo, apesar de estar situado no mesmo ambiente, não estava linearmente ligado à história anterior. Com estas histórias fechadas, os finais são sempre uma surpresa, e a forma de explorar a personagem que tem um traço feio para combinar com sua personalidade distorcida se torna mais ampla e imprecisa. Resumindo, para quem não gosta das fórmulas prontas nas estruturas de heróis, Aeon Flux é muito interessante por misturar pitadas de antropologia, com filosofia e psicologia, causando um impacto duradouro na mente do espectador buscando estimular pensamentos mais profundos a respeito da condição humana. Recentemente foi feita uma versão para cinema que se baseou em um dos capítulos da série animada que é bem interessante. A série pode ser toda baixada no http://www.meikai-animes.net/media/serie/media_1451
ABERTURA DA SÉRIE
CENAS DO FILME
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