quinta-feira, 14 de outubro de 2010

LEWIS CARROLL



Como estou de férias, venho devorando alguns livros que haviam formado uma mini torre em meu quarto e acabei esbarrando em um livro de Alice no País das Maravilhas. Ao invés de colocar aqui o início da história que é igualzinho ao desenho da Disney vou transcrever o que foi escrito sobre o autor. Imagino que Lewis seja no século dezenove o mesmo que Michael Jackson é nos dias de hoje. É lógico, não sei se a obra de Michael Jackson vai durar tanto nem ser tão significante quanto a de Lewis, porém, a mesma dúvida de pedofilia e o mesmo comportamento estranho estão presentes nos dois. O que acham?
Charles Lutwidge Dodgson nasceu na pequena cidade de Daresbury, condado de Chesire, perto de Manchester, Inglaterra, em 1832. Filho mais velho de uma família relativamente abastada, divertia seus sete irmãos com jogos e passatempos criados por ele mesmo. Charles formou-se com louvor na Universidade de Oxford, a contragosto de seu pai, que o orientara para ser membro do clero da Igreja da Inglaterra.
Professor de matemática dessa mesma universidade, publicou pela primeira vez poemas e contos na revista The Train, sob o pseudônimo de Lewis Carrol, adotado por sugestão de seu editor.
Tornou-se amigo de um dos decanos de Oxford, o reverendo Henry Liddell, e, assim como fazia com seus irmãos, entretinha as três filhas dele contando histórias inventadas na hora. Gago, tímido e retraído entre eadultos, ficava sempre à vontade no meio das crianças. Durante um passeio de barco com elas, em 4 de julho de 1862, Carroll improvisou uma história fantástica em que Alice, a sua preferida entre as irmãs, era a principal. No final daquele mesmo ano, a história da menina que caía em um buraco se transformou em livro, atendendo ao pedido dela. Mas se tratava de uma edição muito especial, de um único exemplar manuscrito e ilustrado pelo próprio autor. "As aventuras de Alice debaixo da terra" era o título do precioso livrinho que Alice recebeu como presente de Natal e que se tornou a leitura mais disputada dentre seus amigos e familiares.
Em 1865, o autor resolveu publicá-lo ampliado, com o título "Alice no País das Maravilhas", ilustrado por um famoso artista da época, John Tenniel. Ambos recolheram essa edição (por considerá-la mal impressa) e, em 1866, a Oxford Press fez uma nova tiragem. Dois anos depois, Carroll escreveu "Através do espelho e o que Alice encontrou lá", também ilustrada por Tenniel. Nas duas histórias, Alice vive aventuras em seus sonhos.
Carroll foi um dos primeiros autores a dar forma escrita às peculiaridades do mundo onírico, onde tudo é possível e os acontecimentos são sempre imprevisíveis. Nele, o Tempo pode adiantar a hora do almoço, a Rainha condena as criaturas à morte mas ninguém é executado, os animais convivem em condições de igualdade com os humanos.
Desde sua publicação, filósofos, psicólogos e estudiosos de literatura têm se dedicado a analisar a obra-prima de Lewis Carroll. E, embora as conclusões sejam muito diferentes entre si, admira-se o talento original e sensível do criador de Alice, que procurava na linguagem convencional novas e desconcertantes possibilidades de expressão. "Cuide do sentido e os sons das palavras cuidarão de si mesmos", diz a Duquesa à Alice, numa das passagens do livro, exprimindo, possivelmente, um ponto de vista do próprio autor.
Carroll publicou com seu nome verdadeiro obras didáticas sobre matemática e lógica, tratando essas ciências frequentemente sob o prisma do humor. Escreveu também artigos apaixonados em defesa dos direitos dos animais. Como passatempo, pintava e fotografava. Chegou a fazer uma série de retratos de Alice, que revelam a proximidade que tinha com a menina.
Morreu em Guildford, no sul da Inglaterra, em 1898, feliz com a montagem teatral das aventuras de "Alice no País das Maravilhas".

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VOCÊ COMERIA?

Eh laiá! De vez em quando eu esbarro em cada coisa que me faz ter muito medo da imaginação humana. Eu evito colocar coisas sobre comida aqui porque tem certos colaboradores que acham que a culinária não é arte mas dessa vez nao resisti. Olha só isso. As imagens que você vai ver aqui são de docinhos feitos com açúcar, água e anelina. Aparentemente está na moda na europa distruí-los como lembrancinhas de recém-nascidos e batizados. E você? Teria coragem de comer estes docinhos?









quarta-feira, 6 de outubro de 2010

xxxHolic

Bem, hoje vou falar de xxxHolic. xxxHolic é um mangá criado pela CLAMP ligado à outro dos mesmos criadores: Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE. Os dois mangás tratam do mesmo enredo, porém de pontos de vista diferentes, sendo planejados para começarem e terminarem simultaneamente. Por isso, é comum encontrar personagens de Tsubasa em Holic, e que vários eventos ocorram ao mesmo tempo nas duas histórias.

Watanuki Kimihiro, é um jovem estudante que tem o dom de ver e atrair fantasmas e espíritos (ayakashi). Um dia, ao ser atacado por uma ayakashi, acaba entrando em uma loja. A dona do lugar é Yuuko, uma mulher que diz que o fato dele ter entrado lá não foi coincidência. Aquela é uma loja onde se realiza desejos, e ele tinha um. Porém, para que seja concedido, é necessário pagar um preço equivalente. Watanuki então, deseja não ver mais os espíritos, e para poder pagar o preço, "aceita" (e forçado) a oferta de Yuuko para trabalhar em sua loja. A partir desse momento, sua vida muda completamente. Watanuki passa a se envolver nas histórias misteriosas dos clientes de Yuuko, e com ela aprende não só sobre as situações mágicas que o cercam, mas também sobre si mesmo.

3 anos depois xxxHolic foi adaptado para anime (um dos melhores que já assisti e que instantaneamente foi pra lista dos prediletos), pelo Production I.G. Uma diferença notável é a cor do cabelo de uma das personagens, que é originalmente azul e no anime é vermelho. (muito importante isso :P) Além disso, no mangá, Yuuko parece nutrir um sentimento sutil de amor pelo personagem Watanuki, sentimento este que não é retratado no anime. Já aviso logo pra evitar o sofrimento de vocês.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

PRA QUEM GOSTA DE CHORINHO

Domingo, 10 de Outubro às 11h00 no Jabaquara estaremos novamente apresentando mais
uma edição do projeto musical Choro na Manhã.

Com quase quatro anos em andamento, desta edição de número 48, faremos uma
homenagem ao compositor de “Apanhei-te Cavaquinho”, o pianista e compositor
carioca Ernesto Nazareth.

Convidamos para este recital, a pianista, professora, cantora e compositora Deise
Trebitz que, com o Conjunto Retratos prepararam um programa especial repleto de
músicas de Ernesto Nazareth.

Domingo – 10 de Outubro às 11:00h
Entrada Gratuita
Centro Cultural do Jabaquara
Rua Arsênio Tavolieri n.º 45 – Vila Oriental (Próximo ao Metrô Jabaquara) – Tel.:
5011-2421

E o café é por nossa conta, venha e participe!!!

TATÁ, O TAMANDUÁ

Este desenho é o resultado de um trabalho em grupo de adolescentes com idade entre 12 e 18 anos em uma oficina de desenho animado ministrada em 2008. Produzir uma animação é um tanto quanto complicado pois demanda tempo, muitas habilidades e o trabalho de um grupo dedicado. Tatá foi um personagem criado pensando em crianças com idade de 5 a 6 anos. No final de 2009 tivemos uma perda de material ocasionada por um vírus e por conta disso o som desse desenho foi perdido. Por hora estou postando o desenho sem o áudio, mas já estamos trabalhando para recuperar o som. Tão logo fique pronto eu atualizo.

domingo, 3 de outubro de 2010

CONTOS DA PALMA DA MÃO


Hoje lhes apresento o escritor Yasunari Kawabara. Prêmio Nobel em 1968, ele é considerado um dos representantes máximos da literatura japonesa do século XX. Nascido em Osaka em 1899, após uma infância solitária e sofrida, interessou-se cedo pelos clássicos japoneses, que viriam a ser uma de suas grandes inspirações. Kawabara estudou literatura na Universidade Imperial de Tóquio e foi um dos fundadores da Bungei Jidai, revista literária influenciada pelo movimento modernista ocidental. Acompanhado de jovens escritores, defenderia mais tarde os ideais da corrente neo-sensorialista que visava uma revolução nas letras japonesas e uma nova estética literária, deixando de lado o realismo em voga no Japão em prol de uma escrita lírica, impressionista, atravessada por imagens nada convencionais. Sua obsessão pelo mundo feminino, sexualidade humana e o tema da morte (presente em sua vida desde cedo, sob a forma da perda sucessiva de todos os seus familiares) renderam-lhe antológicas descrições de encontros sensuais, com toques de fantasia, rememoração, inefabilidade do desejo e tragédia pessoal. Desgastado por excesso de compromissos, doente e deprimido,Kawabata suicidou-se em 1972. Deixo para vocês um pequeno conto retirado do livro que dá título a esta nota.

AMOR TERRÍVEL
(Osoroshii ai, 1927)
Ele amara a esposa de maneira extrema. Isto é, amara demais uma única mulher. Por isso, passou a acreditar que a morte prematura da esposa fora um castigo do céu ao seu modo de amar. Fora isto, não conseguia encontrar nenhuma explicação para a morte dela.
Desde a morte da esposa, ele se manteve a distância de todas as mulheres. Nem mesmo uma empregada admitiu em casa. Os serviços de cozinha e de limpeza eram feitos por um servo. Isso não quer dizer que ele odiasse as mulheres. Era porque toda mulher, qualquer que fosse, parecia-lhe a imagem da falecida esposa. Por exemplo, todas elas cheiravam a peixe como a esposa. E isto também seria um castigo por tê-la amado em demasia. Assim, resignado, aceitara viver sem companhia de uma mulher.
No entanto, não pudera evitar na sua casa a presença de uma mulher: sua filha. Era óbvio que, mais do que todas as mulheres do mundo, ela se parecia com a falecida esposa.
A filha chegou à idade de freqüentar um colégio feminino.
No meio da noite, acendeu-se a luz do quarto da filha. Ele espreitou pela fresta do fusuma. A garota segurava uma pequena tesora. Sentada no tatame, com os joelhos levantados, permanecia por muito tempo de cabeça pendida para frente, manuseando a tesoura. No dia seguinte, depois que a filha foi para o colégio, ele entrou no quarto dela, secretamente, e tomou a tesoura na mão. Analisando as lâminas brancas, sentiu calafrios e estremeceu.
No meio da noite, acendeu-se a luz do quarto da filha. Ele espreitou pela fresta do fusuma. A garota puxava para si um pano branco estendido sobre o leito, fez uma trouxa e, abraçando-o, saiu do quarto. Ouviu-se o ruído da água da torneira. Em seguida, ela acendeu o fogo no braseiro, cobriu-o com o pano branco e ficou sentada com um ar perdido. Depois, começou a chorar. Quando parou de chorar, começou a cortar as unhas sobre o pano. As unhas cortadas devem ter caído na brasa, pois quando retirou o pano ele sentiu náuseas com o cheiro de unhas queimadas.
Teve um sonho. A falecida esposa contava à filha que ele havia visto seu segredo.
A filha não olhava mais no rosto dele. Ele não a amava. Sentia arrepios ao pensar que mais um homem iria receber muitos castigos do céu por amar essa mulher.
Por fim, uma noite, enquanto ele estava deitado, a filha tentou acertar a garganta dele com um punhal. Ele sabia que isso aconteceria. Resignou-se, acreditando que era um castigo do céu por ter amado a esposa de maneira extrema, por ter amado demais uma mulher. Por isso, calmamente, permaneceu de olhos fechados. Sentindo que a filha executava a vingança da mãe, esperou a lâmina do punhal.

BOLO BABA DE MOÇA

 INGREDIENTES PARA O PÃO DE LÓ 6 OVOS, 6 COLHERES DE AÇÚCAR, 6 COLHERES DE FARINHA DE TRIGO, 1 COLHER DE FERMENTO EM PÓ, MANTEIGA PARA UNTAR...