sábado, 22 de setembro de 2012

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PAPER ART

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

RESENHA DE ADQS


Resenha ADQS - Desvendando a Organização Secreta

Sinopse: Cíntia encontra-se envolvida com um criminoso de Florianópolis, até presenciá-lo cometendo um assassinato e perceber, então, o perigo que está correndo. Mas em sua fuga desastrosa é presa em flagrante por tentativa de homicídio. Suas alternativas são: denunciar o ‘namorado’, praticamente, assinando sua sentença de morte ou ser presa e permanecer um longo tempo na prisão. Na delegacia acaba conhecendo Henrique, um homem charmoso e misterioso que faz uma proposta — a garantia de que não irá para a cadeira. O que ela não imaginava é que seria recrutada para fazer parte de uma organização secreta, assumindo a identidade de Thaís Torres e se mudando para São Paulo. Agora a mais nova agente da ADQS terá que investigar crimes que a polícia comum não conseguiu resolver, arriscando sua vida nas operações pouco convencionais da organização. Aos poucos, Thaís desvenda dos mistérios da organização secreta, vivendo fortes emoções em suas missões e se arriscando em um romance proibido. Mistério, aventura, humor e romance fazem parte desta trama.


O projeto gráfico de ADQS é de tirar o fôlego, a capa é simplesmente perfeita.
Logo nas primeiras páginas já prendi a respiração.
Esse trecho me prendeu totalmente a trama e não me permitiu mais desgrudar os olhos.

...  Num canto da sala, Carlos cambaleava, indo ao chão todo ensanguentado com um tiro no peito. Walter segurava uma pistola com silenciador. Não parecia muito abalado. Apenas olhou para Cíntia e falou friamente:
- Bom dia, amor: Feche a porta e venha me ajudar!
Cíntia permanecia petrificada, enquanto via Walter enrolar seu melhor amigo morto no tapete da sala. Impaciente, ele  foi até ela e chutou os pacotes para dentro do apartamento. Segurando-a pelo braço, falou em tom áspero:
- Vai me ajudar a carregar ou vai ficar aí parada o resto do dia?  (pág; 8)

A cada página adrenalina pura. 

  -Um desperdício matar uma guria tão bonitinha, mas são ordens do chefe.

ADQS é uma aventura imperdível, leitura fluente, agradável, a simplicidade com que a autora nos envolve é incrível. Ela mescla muito bem aventura, romance e suspense; ação, conspiração e investigação.
A forma que Cíntia entra para a organização foi muito legal, eu prendia a respiração.
O Henrique  me surpreendeu a estória dele é um capítulo a parte, demais.

  -Não sou policial, sou um negociador, quero fazer um acordo com você.

Deu para sentir né? O encontro dele com Cíntia foi assim, meio tenso no início, mas logo ele ganhou a confiança da assustada moça.
A trama é muito bem construída ela vai nos envolvendo e aguçando a curiosidade a cada novo membro da organização, cada um com sua estória e suas habilidades, em alguns momentos fiquei aflita, em outros dei boas risadas.
Falar de ADQS é falar de um misto de emoções, sim, um misto de emoções. Não pense que ao se envolver nesta organização você sairá sem sequelas.
O mais legal de tudo é que não é só um livro, a autora foi muito feliz ao dividir  em casos é como ler vários livros em um, várias estórias que te possibilita conhecer mais e melhor cada membro.  Cada caso é uma aventura em potencial que nos aproxima mais dos membros envolvidos, num trabalho perfeito de equipe numa sintonia incrível, onde cada um tem um papel fundamental e o sucesso da missão depende de todos e de cada um em especial. ADQS é uma aventura recheada de tudo. Confesso o final não foi o que eu esperava,  ficou o desejo de quero mais, mas o melhor é que tenho certeza que ainda existem segredos para serem desvendados nesta organização secreta.

... A ADQS continua infiltrada na sociedade brasileira resolvendo os mais diferentes casos sem que ninguém desconfie de sua existência.

Descubra você também os segredos desta organização.

Parabéns a autora pelo excelente trabalho.

Resenha feita por Ahtange Ferreira

domingo, 16 de setembro de 2012

A RAINHA DA FLORESTA de ANNA LEÃO



Sinopse
A Rainha da Floresta conta a história da princesa Anaís, herdeira do Reino das Joias, que se descobre uma bruxa. Obrigada a fugir do reino no dia do seu noivado, ela se refugia na Floresta das Sombras, vítima de uma antiga maldição. Numa grande aventura a princesa vivencia seu processo de iniciação, se autodescobrindo e conhecendo a magia. A história, recheada de personagens interessantes, como o misterioso Grande Mago, desmistifica o estereótipo negativo da bruxa e enaltece a natureza, o feminino, a verdade e o amor. 

A capa do livro A Rainha da Floresta é suave e condizente com a leitura do livro. Anaís, princesa do Reino das Joias, de vestido azul está pronta para entrar na Floresta das Sombras. Na imagem da Lua, a silhueta de uma bruxa em sua vassoura, revela a natureza da jovem. A imagem é bonita e bem apropriada.


Anaís é a princesa herdeira do Reino das Joias, um lugar muito bonito, onde o povo convive em harmonia com suas belezas naturais. O chão é repleto de jóias, mas nenhum habitante explora esse recurso e nem o Rei permite que se faça isso.

No dia em que a princesa vai ficar noiva de Victor, seu amigo de infância, ela ganha um estranho presente. O anel  mágico denuncia que Anaís é uma bruxa. Surpresa com a revelação, ela tem que fugir dos súditos que repudiam as bruxas, em sua fuga ela conta com a ajuda daquele que seria seu noivo.

Todos correram para cima de Anaís. Ela olhou assustada
para o seu príncipe. Neste momento foi como se o tempo tivesse
parado. Os olhos de um nos olhos do outro. O verde e o castanho
por um instante se misturaram. Victor viu nos olhos castanhos de
sua noiva, o medo e o espanto; a princesa sentiu a compaixão no
olhar do príncipe.” (Trecho página 10)



Em sua fuga, ela chega a Floresta das Sombras, local temido por todos que moram no Reino. Por ser uma floresta sombria, sem vida e repleta de bruxas.
“O caminho era íngreme e a princesa foi se embrenhando
cada vez mais para dentro da floresta.
Ela procurava achar algum lugar ou alguém que lhe inspirasse confiança
para poder parar um pouco e descansar.
Em um dado momento, Anaís percebeu
que não estava mais com tanto medo, ela se sentia segura.” (Trecho página 15)



A princesa que vivia muito solitária e que sempre se sentiu deslocada no Reino da Joias, conhece melhor a Floresta e seus moradores. Ela tem uma estranha sensação de liberdade e de que finalmente encontrou seu verdadeiro lugar.

Sua mente voou longe,
voltou ao passado e ela tentava achar em suas lembranças
algum momento em que tivera proporcionado alegria semelhante a alguém.
Não encontrava. Ela percebeu que vivera uma vida
vazia no Reino das Jóias.” (Trecho página 29)

Anaís terá que lidar com essas mudanças em sua vida. Ela inicia um aprendizado no mundo da magia, conhece um grande feiticeiro misterioso, tem inesperadas revelações sobre o seu passado e origem. E ainda terá que reverter o feitiço que foi lançado na Floresta pela bruxa má, Friúza.

Minhas Impressões
O livro tem uma linguagem fácil e uma narrativa ágil, a leitura flui rapidamente. Apenas, em algumas partes, achei que foi rápida demais. Alguns fatos relacionados com a maldição que recaiu sobre a floresta, poderiam ter sido explicados com mais calma. Como não li o outro livro, pois se trata de uma saga, talvez esse ponto seja melhor explorado no segundo volume.
Adorei as bruxas que a autora descreveu. Tirando o velho estigma dos contos de fadas, onde a bruxa é feia, com verruga no nariz e instintivamente maldosa. As bruxas de A Rainha da Floresta são bem originais: bonitas, convivem em harmonia com a natureza, seguem sua intuição e a maioria tem uma índole boa e generosa.
Embora, Anaís, não se sentisse bem no Reino das Joias, gostei muito da descrição do lugar. Onde o respeito à natureza predomina sobre a ganância daqueles que querem se aproveitar de suas riquezas.
Realmente, uma leitura leve e agradável, onde a personagem busca o autoconhecimento, a evolução e o bem de seus semelhantes. O livro foi definido como literatura infanto-juvenil, mas recomendo a todas as idades, pelo encantamento e mensagens positivas.

YURI LIMA


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PORCO ROSSO

Para quem curtiu A viagem de Chihiro, vou falar dessa antiga animação de Hayao Miyazaki. Porco Rosso significa Porco Vermelho em italiano.

O tema não é muito fácil de explicar. Fala de pirataria aérea nos anos 20. E mais, carrega forte na fantasia. Nosso herói é Marco Porcellino, um simpático porcão de bigodes castanhos, sobrevivente da força aérea italiana na Primeira Guerra Mundial. Marco é uma espécie de herói por encomenda: de vez em quando ele é chamado para ajudar navios indefesos atacados por piratas aéreos. Ele vai, vê e vence - e cobra caro por isso. 
As coisas começam a ficar pretas pro lado dele quando Mamma Aiuto, um desses piratas vencidos, consegue convencer um americano chamado Donald Curtis a ajudá-lo a acabar com Marco. Curtis, mulherengo e dono de um velocíssimo hidroavião novo, topa o negócio e ataca Marco à traição, derrubando-o no mar. Curtis acredita que matou o Porquinho e feliz da vida vai dar as boas novas a sua amada Gina. Mas dá com os burros n'água: Gina, conhecida como "a Rainha do Mar Adriático" e viuva três vezes de pilotos de hidroavião, está apaixonada por Marco. 
Mas Marco não morreu e tem um trabalhão para consertar seu avião. Para sua surpresa, a projetista-chefe de seu novo avião é Fio, menina de 13 anos, neta de seu mecânico de confiança. Escandalizado, o Porquinho não quer topar, mas é convencido pela garota a dar-lhe uma chance. E não se arrepende: ela é uma projetista e tanto! Aí surgem os problemas. Primeiro: Marco não tem dinheiro para pagar o projeto. Segundo: o avião é bom - no papel. Para saber se a coisa presta mesmo e dar a necessária assistência técnica, Fio tem que ir junto com ele. Marco chia, reclama, bufa, mas, que jeito? A menina é durona e vai. Atocaiado pelos piratas sedentos de vingança, Marco escapa graças à intromissão de Fio e Curtis, que pede a guria em casamento na primeira visada! Fio, nada boba, propõe um duelo aéreo: se Marco vencer, Curtis paga as contas penduradas. Se Curtis vencer, ela... casa-se com ele!
É aí que descobrimos quando Marco transformou-se num porco. Na Primeira Guerra, integrava um esquadrão ao lado de seu melhor amigo, que por acaso era marido da bela Gina. Num pega com os alemães, seu amigo morre. Aliás, morre todo mundo, menos ele, Marco, que só escapa por milagre. Antes de cair no mar, ele ainda consegue ver os espíritos dos pilotos mortos subindo com seus aviões como numa procissão de anjos. 
Quando volta, Marco deixou de ser humano e virou um porco. Por quê? Talvez seja uma metáfora para o seu estado de espírito, sentindo-se um verdadeiro traidor por não ter morrido com seus amigos, por ter voltado inteiro de uma guerra onde tantos morreram. Talvez seja essa sua mutilação. 
Mas não é só de ação e hidroaviões que este anime vive: ele é o retrato de uma época, com todos os detalhes históricos devidamente pesquisados. A década de 20 é retratada com perfeição, o que deixa um gosto de nostalgia em quem assiste. Até cenas da ascensão do Fascismo na Itália é mostrado. 
Este não é exatamente um desenho feito para crianças. É claro que ele foi elaborado para o público adulto, algo comum no Japão. Então, para os fãs de Miyazaki, um desenho antigo para adultos que apreciam uma fantasia leve e poética. 

Adaptado de texto retirado da extinta revista Animax. 


sábado, 8 de setembro de 2012

PIETER CLAESZ

Uma caveira humana domina este estranho conjunto de objetos. Banhados em tons quentes, com um raio de sol lançando-se sobre eles, os objetos são pintados em sombras de marrom claro. O tema desta obra é a transitoriedade da vida terrena: a caveira representa a morte; o copo tombado simboliza a vida se escoando; o relógio lembra ao espectador que o tempo está sempre avançando. 
Eram frequentemente pintadas em tons quase monocromáticos, conferindo um sentido de harmonia mística aos objetos representados. O artista era famoso nos Países Baixos por naturezas-mortas como esta. Os pintores holandeses do século XVII deleitavam-se em representar objetos do dia-a-dia, frequentemente tratados com preciosas técnicas de ilusionismo. 
Tais quadros não tinham tom propriamente moralizante, mas frequentemente eram ricos em significados simbólicos, prontamente entendido na época. Hoje em dia, são mais admirados por seu virtuosismo. 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

OS 100 MELHORES LIVROS DA LITERATURA UNIVERSAL


 - Ulisses (1922) - James Joyce (1882-1941). Retomando parodicamente a obra fundamental do gênero épico -a "Odisséia", de Homero-, "Ulisses" pretende ser uma súmula de todas as experiências possíveis do homem moderno. Ao narrar a vida de Leopold Bloom e Stephen Dedalus ao longo de um dia em Dublin (capital da Irlanda), o autor irlandês rompeu com todos as convenções formais do romance: criação e combinação inusitada de palavras, ruptura da sintaxe, fragmentação da narração, além de praticamente esgotar as possibilidades do monólogo interior. Para T.S. Eliot, o mito de Ulisses serve para Joyce dar sentido e forma ao panorama de "imensa futilidade e anarquia da história contemporânea". 
 - Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - Marcel Proust (1871-1922). Ciclo de sete romances do escritor francês, inter-relacionados e com um só narrador, dos quais os três últimos são póstumos: "O Caminho de Swann", "À Sombra das Raparigas em Flor", "O Caminho de Guermantes", "Sodoma e Gomorra", "A Prisioneira", "A Fugitiva" e "O Tempo Redescoberto". Ampla reflexão sobre a memória e o poder dissolvente do tempo, o ciclo se apóia em fatos mínimos que induzem o narrador a resgatar seu passado, ao mesmo tempo em que realiza um painel da sociedade francesa no fim do século 19 e início do 20.
 - O Processo Franz Kafka (1883-1924). Na obra-prima do escritor tcheco de língua alemã, o bancário Josef K. é intimado a depor em um processo instaurado contra ele. Mas, enredado em uma situação cada vez mais absurda, Joseph K. ignora de que é acusado, quem o acusa e mesmo onde fica o tribunal.
 - Doutor Fausto (1947) - Thomas Mann. Biografia imaginária do compositor alemão Adrian Leverkühn, escrita por seu amigo Serenus Zeitblom durante o desenrolar da Segunda Guerra Mundial. Nela, o autor, para recontar o pacto fáustico com o diabo, se vale de aspectos da vida de Nietzsche, da teoria dodecafônica de Shoenberg e do auxílio teórico do filósofo Adorno. O alemão Thomas Mann, filho de uma brasileira, recebeu o Prêmio Nobel em 1929.
 - Grande Sertão: Veredas (1956)- Guimarães Rosa (1908-1967). No sertão do Norte de Minas, o jagunço Riobaldo conta para um interlocutor, cujo nome não é revelado, a história de sua vida de guerreiro e de seu amor pelo jagunço Diadorim -na verdade, uma mulher disfarçada de homem para vingar o pai morto em luta. A escrita de permanente invenção de Guimarães Rosa (feita de neologismos, arcaísmos, transfigurações da sintaxe) reelabora a expressão oral e os mitos do interior do país a fim de criar um quadro épico e metafísico do sertão 
 - O Castelo (1926) - Franz Kafka. Em busca de trabalho, o agrimensor K. chega a uma aldeia governada por um déspota que habita um castelo construído no alto da colina. Submetida a leis arbitrárias, a população passa a hostilizá-lo. Kafka morreu antes de concluí-lo.
 - 
A Montanha Mágica (1924) - Thomas Mann (1875-1955). Imagem simbólica da corrosão da sociedade européia antes da Primeira Guerra. Ao visitar o primo em um sanatório, Hans Castorp acaba por contrair tuberculose. Permanece internado por sete anos, vivendo em um ambiente de requinte intelectual, em permanente debate com idéias filosóficas antagônicas, até que decide partir para o front.
 - 
O Som e a Fúria (1929) - William Faulkner (1897-1962). Edições Dom Quixote (Portugal). No condado imaginário de Yoknapatawpha, no sul dos EUA, a vida da decadente família Compson é narrada por quatro personagens distintos, todos obcecados pela jovem Caddy, neste romance em que a linguagem se amolda à consciência de cada personagem. O americano Faulkner ganhou o Prêmio Nobel em 1949.
 - 
O Homem sem Qualidades (1930-1943) - Robert Musil (1880-1942). Nova Fronteira Fio condutor do enredo, o ex-oficial Ulrich é repleto de dotes intelectuais, mas incapaz de encontrar uma finalidadeem que aplicá-los. De caráter ensaístico, a obra é uma vasta reflexão sobre a crise social e espiritual do século 20.
10º - 
Finnegans Wake 
Finnegans Wake (1939) - James Joyce. Penguin (EUA). No Brasil, trechos do livro em "Panaroma do Finnegans Wake" (Ed. Perspectiva). Joyce criou nesta obra, que radicaliza seu experimentalismo linguístico, provavelmente o mais complexo texto do século. A narrativa, repleta de referências simbólicas, mitológicas e linguísticas que tornam a leitura um desafio permanente, gira em torno do personagem Humphrey Chimpden Earwicker (HCE) e sua mulher Ana Lívia Plurabelle (ALP), que vivem em Dublin.
11º - A Morte de Virgílio (1945) - Hermann Broch (1886-1951). Relógio d'Água (Portugal). Escritor austríaco. Concebida enquanto o autor estava preso pelos nazistas, a obra é um longo monólogo interior do poeta latino Virgílio.
12º - 
Coração das Trevas (1902) - Joseph Conrad (1857-1924). Ediouro Escritor ucraniano de língua inglesa. Em busca de um mercador de marfim que desapareceu na selva africana, o capitão Marlowe o encontra inteiramente louco e cultuado como um deus pelos nativos.
13º - 
O Estrangeiro (1942) - Albert Camus (1913-1960). Record . Obra que consagrou o autor francês de origem argelina (Nobel de 1957) ao tratar do absurdo da existência. Aparentemente sem motivação -"por causa do sol"-, Mersault mata um árabe durante passeio pela praia. Julgado e condenado à morte, resigna-se a seu destino.
14º - 
O Inominável (1953) - Samuel Beckett (1906-1989). Nova Fronteira . Conclusão da trilogia do dramaturgo irlandês, após "Molloy" e "Malone Morre". Reduzido a uma condição precária de existência -sem nome-, o narrador busca se apropriar da identidade de dois outros personagens, Mahood e Worm. Beckett ganhou o Nobel em 1969.
15º -
 Cem Anos de Solidão (1967) - Gabriel García Márquez (1928). Record . Colombiano, ganhou o Nobel em 1990. A saga de duas famílias no povoado fictício de Macondo é o pretexto para o autor construir uma alegoria da situação da América Latina. Obra que projetou internacionalmente o "realismo mágico".
16º - 
Admirável Mundo Novo (1932) - Aldous Huxley (1894-1963). Globo . Inglês. Alegoria sobre as sociedades administradas e sem liberdade. Em um futuro indefinido, todos os nascimentos são "de proveta" e os cidadãos são vigiados. Nascido de uma mulher, John se torna uma ameaça por sua diferença.
17º - 
Mrs. Dalloway (1925) - Virginia Woolf (1882-1941). Penguin Books (EUA). Inglesa. A partir de um fato banal -a compra de flores para uma festa-, Mrs. Dalloway relembra sua vida -como a relação com a filha e uma antiga paixão.
18º - 
Ao Farol (1927) - Virginia Woolf. Ediouro . Um passeio da família Ramsay a um farol, frustrada pelo mau tempo, torna-se imagem da sensação de perda que percorre a obra: logo após irrompe a Primeira Guerra e a morte atingirá os Ramsay.
19º - 
Os Embaixadores (1903) - Henry James (1891-1980). Oxford University Press ("The Embassadors", Reino Unido). Tema central do escritor americano, o confronto entre a mentalidade puritana dos EUA a cultura "fin-de-siècle" européia dá o tom nesta história sobre americano que vai a Paris para trazer de volta rapaz seduzido pela capital francesa.
20º - 
A Consciência de Zeno (1923) - Italo Svevo (1861-1928). Minerva (Portugal). Após várias tentativas malogradas para deixar de fumar, Zeno Cosini segue o conselho de seu psicanalista e decide escrever a história de sua vida, fazendo um retrato impiedoso da burguesia italiana.
21º - 
Lolita (1958) - Vladimir Nabokov (1899-1977). Cia. das Letras . Russo naturalizado americano. O professor quarentão Humber apaixona-se pela adolescente Lolita. Para tê-la próxima, casa-se com sua mãe, que morre em um acidente de carro. Os dois se tornam então amantes.
23º - 
O Leopardo (1958) - Tomaso di Lampedusa (1896-1957). L&PM . Único romance do autor italiano. No século 19, em uma Sicília dominada por clãs familiares, o aristocrático Fabrizio Salina recusa-se a ver a decadência de sua classe, anunciada pelas convulsões sociais que vão levar a Itália à unificação.
24º - 
1984 (1949) - George Orwell (1903-1950). Companhia Editora Nacional . Inglês. Nesta sombria alegoria passada em futuro que seria o ano de 1984, cidadãos estão submetidos à autoridade onipresente do "Big Brother" e proibidos de manifestar sua individualidade.
25º - 
A Náusea (1938) - Jean-Paul Sartre (1905-1980). Nova Fronteira . Nesta obra que tornou o filósofo Sartre mundialmente conhecido, o herói Roquentin, sentado num banco de praça em uma cidade do interior, subitamente deixa de ver sentido no mundo e passa a ter consciência do "mal-estar de existir". Francês, Sartre recusou o Nobel em 64.
26º - 
O Quarteto de Alexandria (1957-1960) - Lawrence Durrell (1912-1990). Ulisseia (Portugal). Inglês de origem indiana. Tetralogia em que a mesma história de política, amor e perversão é contada de quatro óticas diferentes, em quatro diferentes romances : "Justine", "Balthazar", "Mountolive" e "Clea".
27º - 
Os Moedeiros Falsos (1925) - André Gide (1869-1951). Gallimard ("Les Faux-Monnayeurs", França). Edouard mantém um "diário do romance", a partir do qual pretende escrever um romance -"Moedeiros Falsos". A obra criou o "mise-en-abîme" -técnica em que a personagem se duplica dentro do romance. Francês, recebeu o Nobel em 1947.
28º - 
Malone Morre (1951) - Samuel Beckett. Edições Dom Quixote (Portugal). Segundo livro da trilogia do autor. Moribundo em um leito de hospital, Malone reflete sobre sua vida.
29º - 
O Deserto do Tártaros (1940) - Dino Buzzati (1906-1972). Mondadori ("Il Deserto dei Tartari", Itália) Italiano. O tenente Drogo é enviado ao longínquo e decadente forte Bastiani, situado na fronteira pacificada de um país que nunca é nomeado. Lá, todos aguardam há décadas o ataque improvável dos tártaros e a desilusão se torna regra.
30º - 
Lord Jim (1900) - Joseph Conrad (1857-1924). Publicações Europa-América (Portugal). Conrad narra a história de um marinheiro atormentado pelo remorso de ter permitido o naufrágio de seu navio.
31º - 
Orlando (1928) - Virginia Woolf. Ediouro . A autora inglesa imagina sua amiga, a também escritora Vita-Sackville West, vivendo nos três séculos anteriores.
32º - 
A Peste (1947) - Albert Camus. Record . Epidemia assola Orán, na Argélia. A cidade é isolada e muitos morrem. Escrita logo após o fim da Segunda Guerra, a obra reflete sobre como indivíduos reagem à morte iminente, ao isolamento e ao vácuo de sentido que se abre em suas vidas.
33º - 
O Grande Gatsby (1925) - Scott Fitzgerald (1896-1940). Relógio d'Água (Portugal). Americano. Vivendo de negócios ilícitos, Jay Gatsby revê antiga paixão, Daisy, agora casada com o milionário Tom Buchanan. Tornam-se amantes, mas Daisy e o marido acabarão por envolver Gatsby em intriga que o levará a um fim trágico.
34º -
 O Tambor (1959) - Günter Grass (1927). Vintage Books ("The Tin Drum", EUA). Obra em que o autor alemão narra a ascensão do nazismo. Internado em um manicômio, Oskar relembra sua vida desde os três anos, quando decidiu parar de crescer por ódio aos pais e ao mundo adulto.
35º - 
Pedro Páramo (1955) - Juan Rulfo (1918-1986). Paz e Terra (R$ 19,50). Mexicano. Nesta obra que prenuncia o "realismo mágico", Juan chega a Comala em busca do paradeiro do pai, Pedro Páramo. Mas, ao descobrir que o povoado é habitado apenas por mortos, Juan morre aterrorizado. Enterrado, outros fantasmas irão lhe contar a vida de seu pai.
36º - 
Viagem ao Fim da Noite (1932) - Louis-Ferdinand Céline (1894-1961). Cia. das Letras (R$ 30,00). Francês. Após ser ferido na Primeira Guerra, Bardamu conhece a americana Lola, com quem viaja para os EUA. Passado na França, África e nos EUA, a obra critica as guerras e o colonialismo.
37º - 
Berlin Alexanderplatz (1929) - Alfred Döblin (1878-1957). Rocco (R$ 42,00). Alemão. Obra que abriu novas possibilidades ao gênero ao utilizar técnicas de montagem e justaposição para construir, nos anos 20, uma Berlim multifacetada, por onde transitam personagens esmagadas pela engrenagem social.
38º - 
Doutor Jivago (1957) - Boris Pasternak (1890-1960). Itatiaia (R$ 15,90). Um amplo painel da Rússia nas três primeiras décadas deste século, desde a crise do czarismo até a implantação do comunismo. O autor foi perseguido pelo regime comunista soviético, que o forçou a recusar o Prêmio Nobel de 1958.
39º - 
Molloy (1951) - Samuel Beckett (1906-1989). Nova Fronteira (R$ 19,00). Primeiro obra da trilogia. Relembrando suas viagens, os narradores Molloy e Moran revelam-se a mesma pessoa, e as viagens, a busca da identidade perdida.
40º - 
A Condição Humana (1933) - André Malraux (1901-1976). Record (R$ 28,00). Ambientado em Xangai (China), o romance dramatiza os primeiros levantes da Revolução Chinesa, em 1927. Francês, Malraux foi ministro da Cultura de Charles de Gaulle.
41º - 
O Jogo da Amarelinha (1963) - Julio Cortázar (1914-1984). Civilização Brasileira (R$ 41,00). Argentino. A vida de Oliveira em Paris é o pretexto para o autor criar um dos romances mais ousados do século 20. Ao propor possibilidades da leitura dos capítulos fora da ordem sequencial, o narrador delega ao leitor a capacidade de também "construir" o romance.
42º - 
Retrato do Artista Quando Jovem (1917) - James Joyce. Ediouro (R$ 19,90). De caráter autobiográfico, a obra investiga o processo de formação do artista ao longo da infância e adolescência do personagem Stephen Dedalus, que será um dos personagens centrais de "Ulisses".
43º - 
A Cidade e as Serras (1901) - Eça de Queirós (1845-1900). Ediouro (R$ 7,80). Principal autor do realismo português, Eça põe em cena a dicotomia entre campo e cidade, ao contar a história de dois amigos, um entusiasta da moderna Paris e outro da vida bucólica em Portugal.
44º - 
Aquela Confusão Louca da Via Merulana (1957) - Carlo Emilio Gadda (1893-1973). Record (R$ 11,00). Neste romance "policial" sobre um roubo de jóias, ambientado nos primeiros anos do fascismo, o autor italiano radicaliza o uso de jargões, gírias e dialetos.
45º - 
As Vinhas da Ira (1939) - John Steinbeck (1902-1968). Record (R$ 22,00). Americano, ganhou o Nobel de 1962. Marcada por forte crítica social, obra narra a saga de uma família de camponeses em busca de trabalho na Califórnia.
46º - 
Auto de Fé (1935) - Elias Canetti (1905-1994). Nova Fronteira (R$ 42,00). Búlgaro de língua alemã, ganhou o Nobel de 1981. Obcecado desde a infância pela idéia de ler e saber tudo, o professor Kien acaba por morrer queimado em um incêndio de seus 100 mil livros.
47º - 
À Sombra do Vulcão (1947) - Malcolm Lowry (1909-1957). Ed. Siciliano (R$ 27,00). Inglês. Incorporando técnicas da linguagem cinematográfica -como flashbacks e justaposição de imagens e pensamentos-, a obra narra o périplo de um velho cônsul alcoólatra por uma cidadezinha do México.
49º - 
Macunaíma (1928) - Mário de Andrade (1893-1945). Scipione e Villa Rica . Obra de ficção mais importante do modernismo brasileiro, "Macunaíma", "o herói sem nenhum caráter", sincretiza o que Mário de Andrade considerava as características do povo brasileiro: índio, negro e branco, desleal, ambicioso, coração mole, corajoso, mas preguiçoso.
50º - 
O Bosque das Ilusões Perdidas (1913) - Alain Fournier (1886-1914). Relógio d'Água (Portugal). A partir da paixão de um estudante por uma aldeã, o autor francês constrói uma fábula poética sobre a passagem da infância à adolescência.
51º - Morte a Crédito (1936) - Louis-Ferdinand Céline (1894-1961). Nova Fronteira . Fugindo da miséria, Ferdinand deixa sua casa e se envolve com um inventor fantástico que criou uma forma de plantio "rádio-telúrico", que provoca a ira dos agricultores do interior da França. A obra radicalizou o experimentalismo linguístico de "Viagem ao Fim da Noite".
52º - 
O Amante de Lady Chatterley (1928) - D.H. Lawrence (1885-1930). Graal . Proibido na Inglaterra por 32 anos, acusado de obscenidade, o romance narra a paixão avassaladora entre a mulher de um aristocrata inglês e um guarda-caça.
53º - 
O Século das Luzes (1962) - Alejo Carpentier (1904-1980). Global . Cubano. Publicada a princípio em francês, essa crônica histórica se passa na ilha antilhana de Guadalupe, onde comerciante tenta impor os ideais da Revolução Francesa (1789) em curso na Europa.
54º - 
Uma Tragédia Americana (1925) - Theodore Dreiser (1871-1945). New America Library ("An American Tragedy", EUA). Escritor americano. Jovem ambicioso e arrivista planeja matar a namorada que pode impedir sua ascensão social. Deixa a idéia de lado, mas a moça acaba morrendo e ele é acusado.
55º - 
América (1927) - Franz Kafka. Livros do Brasil (Portugal). Obra inacabada de Kafka, publicada três anos após sua morte, conta a história de jovem que é enviado aos EUA pelos pais depois de engravidar uma empregada.
59º - 
A Vida - Modo de Usar (1978) - Georges Perec (1936-1982). Companhia das Letras . Partindo da idéia do quebra-cabeças, o livro relaciona as vidas e experiências dos moradores de um edifício em Paris. Perec participou do grupo de experimentação literária OuLiPo, de Raymond Queneau.
60º - 
José e Seus Irmãos (1933-1943) - Thomas Mann. Ed. Nova Fronteira . Tetralogia baseada na narrativa bíblica de Jacó, vendido pelos irmãos aos israelitas: "A História de Jacó", "O Jovem José", "José no Egito" e "José, o Provedor".
61º - 
Os Thibault (1921-1940) - Roger Martin du Gard (1881-1958). 2 vols. Ed. Globo . Neste ciclo de oito romances, os grandes temas do entre-guerras, como o declínio do espírito religioso e a desilusão com o socialismo, são encenados por meio da trajetória de dois irmãos. Francês, ganhou o Prêmio Nobel em 1937.
62º - 
Cidades Invisíveis (1972) - Italo Calvino (1923-1985). Companhia das Letras . O viajante veneziano Marco Polo descreve a Kublai Khan, de modo fabular e fantasioso, as incontáveis cidades do império do conquistador mongol.
63º - 
Paralelo 42 (1930) - John dos Passos (1896-1970). Ed. Rocco . Inaugurando a trilogia "USA", formada ainda por "1919" e "Dinheiro Graúdo", a obra do autor americano descendente de portugueses traça um painel da América nas primeiras décadas do século.
64º - 
Memórias de Adriano (1951) - Marguerite Yourcenar (1903-1987). Ed. Nova Fronteira . Escritora belga. No século 2º d.C., o imperador romano Adriano, próximo da morte, faz um balanço de sua existência em carta ao jovem Marco Aurélio.
65º - 
Passagem para a Índia (1924) - E.M. Forster (1879-1970). Publicações Europa-América (Portugal). Inglês. Na Índia sob dominação britânica, um nacionalista hindu é acusado por uma inglesa de praticar atos imorais. É preso e levado a julgamento.
66º - 
Trópico de Câncer (1934) - Henry Miller. Ibrasa - Instituição Brasileira de Difusão Cultural . De caráter autobiográfico, a obra recria o clima de liberdade e inconformismo de artistas e escritores americanos que viviam em Paris no entre-guerras.
67º - 
Enquanto Agonizo (1930) - William Faulkner. Ed. Exped . O périplo da família Bundren para enterrar a mãe em Jefferson é um pretexto para virem à tona -na consciência das personagens- as desavenças entre irmãos, pai e tios.
68º - 
As Asas da Pomba (1902) - Henry James (1843-1916). Ediouro . Rapaz é estimulado pela amante maquiavélica a cortejar uma milionária que está à beira da morte.
69º - 
O Jovem Törless (1906) - Robert Musil. Ed. Nova Fronteira . Alemão. Descreve a vida de adolescentes em um internato alemão, onde a severidade do sistema educacional conjuga-se à brutalidade do comportamento dos alunos.
70º - 
A Modificação (1957) - Michel Butor (1926). Minuit ("La Modification", França). Narrado inteiramente na segunda pessoa do plural, o livro conta a história de homem que, em um trem, a caminho de encontrar a amante em Roma, divide-se entre o amor dela e o de sua mulher.
71º - 
A Colméia (1951) - Camilo José Cela (1916). BCD União de Editoras . Espanhol, ganhou o Nobel de 1989. Diversos personagens e histórias se cruzam neste livro em que a verdadeira personagem é a cidade de Madri (Espanha), logo após a Segunda Guerra.
72º - 
A Estrada de Flandres (1960) - Claude Simon (1913). Ed. Nova Fronteira . O francês Claude Simon, ligado ao movimento do "roman nouveau" (novo romance), evoca neste livro a derrota da França pelos nazistas em 1940. Ganhou o Prêmio Nobel em 1985.
73º - 
A Sangue Frio (1966) - Truman Capote (1924-1984). Livros do Brasil (Portugal). Enviado como jornalista para cobrir um crime real, o autor americano criou um novo gênero -o romance-documento-, que insere na ficção a investigação sistemática da reportagem.
74º - 
A Laranja Mecânica (1962) - Anthony Burgess (1916-1993). Ediouro . Em uma cidade imaginária, o líder de uma gangue de vândalos é preso e submetido a lavagem cerebral para "descriminalizá-lo". Escritor britânico.
75º - 
O Apanhador no Campo de Centeio (1951) - J.D. Salinger (1919). Editora do Autor . O americano Salinger retrata o vazio da classe média americana e os dilemas típicos da adolescência nos anos 50 a partir da história de um jovem que vaga sem rumo por Nova York.
76º - 
Cavalaria Vermelha (1926) - Isaac Babel (1894-1941). Ediouro . De grande força épica, o livro narra a vida repleta de massacres e violência dos soldados russos -os cossacos.
77º - 
Jean Christophe (1904-12) - Romain Rolland (1866-1944). Ed. Globo . Biografia imaginária de um músico alemão que vai viver na França, mas acaba se decepcionando com a frivolidade da cultura do país.
78º - 
Complexo de Portnoy (1969) - Philip Roth (1933). Editora L&PM . Americano. Conceito da psiquiatria, "Complexo de Portnoy" tem como eixo garoto judeu obcecado pela mãe e em busca de satisfação sexual, o que acaba por aumentar seu complexo de culpa.
79º - 
Nós (1924) - Evgueni Ivanovitch Zamiatin (1884-1937). Ed. Antígona (Portugal). O escritor russo satiriza o regime comunista soviético por meio de uma cidade imaginária onde não existem nem individualismo nem liberdade.
80º - 
O Ciúme (1957) - Allain Robbe-Grillet (1922). Ed. Minuit ("La Jalousie", França). Francês. Nesta obra-chave do "nouveau roman", um narrador paranóico investiga a suposta traição da mulher.
81º - 
O Imoralista (1902) - André Gide (1869-1951). Ed. Gallimard ("L'Imoraliste", França). Escritor francês. Criado na estrita moral puritana, Michel busca a auto-realização, o que resulta no sacrifício daqueles que o cercam, como a sua mulher.
82º -
 O Mestre e Margarida (1940) - Mikhail Afanasevitch (1891-1940). Ed. Ars Poética . Escritor russo. Voland -a encarnação do diabo- é internado em um manicômio ao desmascarar os abusos e favoritismos da sociedade russa dos anos 20.
83º - 
O Senhor Presidente (1946) - Miguel Ángel Asturias (1899-1974). Ed. Losada ("El Señor Presidente", Argentina). Ganhador do Nobel de 1967, o guatemalteco se tornou um dos pioneiros do "realismo mágico" com esta obra que satiriza um ditador sul-americano.
84º - 
O Lobo da Estepe (1927) - Herman Hesse (1877-1962). Ed. Record . Escritor alemão. Solitário e em crise existencial, o escritor Harry Haller acaba por conhecer duas pessoas que vão incitá-lo a aceitar a vida em toda a sua plenitude.
85º - 
Os Cadernos de Malte Laurids Bridge (1910) - Rainer Maria Rilke (1875-1926). Editora Siciliano . Escritor alemão. Intelectual reflete em seu diário sobre a morte e a busca de Deus enquanto se recupera de uma doença.
86º - 
Satã em Gorai (1934) - Isaac B. Singer (1904-1991). Ed. Perspectiva . No século 17, em uma aldeia da Polônia assediada por tropas inimigas, um falso messias anuncia a redenção próxima. Polonês de língua inglesa, Singer recebeu o Prêmio Nobel em 1978.
87º - 
Zazie no Metrô (1959) - Raymond Queneau (1903-1976). Ed. Rocco . Francês, criador nos anos 60 do grupo de experimentação literária OuLiPo. Enquanto o metrô está em greve, Zazie percorre a cidade de Paris, partilhando a experiência de personagens como uma viúva, um taxista e um cabeleireiro.
88º - 
Revolução dos Bichos (1945) - George Orwell. Editora Globo . Animais de uma fazenda se rebelam contra seus donos e tomam o poder. Ambicionam realizar uma "sociedade" igualitária, mas logo se instala uma ditadura, a dos porcos, que submete os demais bichos como faziam os donos humanos.
89º - 
O Anão Pär Lagerkvist. Ed. Farrar, Strauss & Giroux ("Dwarf", EUA). No século 15, em Florença, um anão conta em um diário como foi encarcerado na torre do palácio por Lorenzo de Médici depois de servi-lo por vários anos. O autor sueco ganhou o Nobel em 1951.
90º - 
A Tigela Dourada (1904) - Henry James. Oxford University Press ("The Golden Bowl", EUA). Dividido em duas partes, o livro é um estudo sobre o adultério a partir da ótica de um aristocrata e de sua mulher.
91º - 
Santuário William Faulkner. Editora Minerva (Portugal). Um delinquente mata um de seus comparsas e violenta uma jovem, que ele depois obriga a se prostituir. Perseguido pela polícia, ele é inocentado do crime pela mulher, que acusa a um outro, que acaba linchado. A fraqueza da justiça humana, a crueldade e a impotência são alguns dos temas reunidos por Faulkner neste livro, em que a tragédia grega se intromete no romance policial, na observação de André Malraux.
92º - 
A Morte de Artemio Cruz (1962) - Carlos Fuentes (1928). Ed. Rocco . Escritor mexicano. Inválido e à beira da morte, o rico e poderoso Artemio Cruz relembra o seu passado revolucionário.
93º - 
Don Segundo Sombra (1926) - Ricardo Güiraldes (1886-1927). Ed. Scipione . De dimensões míticas, obra narra a formação de um jovem por um dos últimos "gauchos" dos pampas argentinos. Obra de forte caráter nacionalista.
94º - 
A Invenção de Morel (1940) - Adolfo Bioy Casares (1914). Ed. Rocco . Neste clássico da literatura fantástica, o autor argentino cria a história de um homem em fuga da Justiça que chega a uma ilha deserta, onde pouco a pouco realidade e imaginário começam a se misturar.
95º -
 Absalão, Absalão (1936) - William Faulkner. Editores Reunidos (Portugal). O passado mítico e trágico de Thomas Sutpen, que impôs a destruição à velha aristocracia de uma cidade, é narrado a partir de três pontos de vista diferentes, que se contradizem, se anulam ou se confirmam. O drama familiar, o conflito racial e a decadência sulina expandem-se em um quadro histórico dos maiores construídos por Faulkner.
96º - 
Fogo Pálido (1962) - Vladimir Nabokov (1899-1977). Ed. Teorema (Portugal). Escritor russo-americano. Após apresentar ao leitor um poema recém-descoberto -"Fogo Pálido"-, o narrador analisa sua estrutura e investiga as motivações que levaram o autor -já morto- a escrevê-lo.
97º - 
Herzog (1964) - Saul Bellow (1915). Ed. Relógio d'Àgua (Portugal). Em crise existencial, intelectual passa a enviar cartas a figuras fictícias, como filósofos, políticos, além de Deus e a si mesmo. Americano, ganhou o Nobel em 1976.
98º - 
Memorial do Convento (1982) - José Saramago (1922). Bertrand . Autor português, ganhou o Nobel em 1998. Durante construção de convento em Portugal no século 18, padre idealiza realizar um engenho voador, a "passarola", o que desagrada a Inquisição.
99º - 
Judeus sem Dinheiro (1930) - Michael Gold (1893-1967). Editorial Caminho (Portugal). Membro do Partido Comunista, o escritor americano traça um painel do bairro do Lower East Side, em Nova York, durante as primeiras décadas do século, quando começavam a chegar as primeiras levas de imigrantes judeus.
100º - 
Os Cus de Judas (1980) - Antonio Lobo Antunes (1942). Ed. Marco Zero . Escritor português. A obra trata de forma sarcástica e irreverente a ditadura salazarista dos anos 70 e as guerras pela libertação das colônias portuguesas na África.

fonte: Folha de São Paulo

BOLO BABA DE MOÇA

 INGREDIENTES PARA O PÃO DE LÓ 6 OVOS, 6 COLHERES DE AÇÚCAR, 6 COLHERES DE FARINHA DE TRIGO, 1 COLHER DE FERMENTO EM PÓ, MANTEIGA PARA UNTAR...