terça-feira, 15 de maio de 2012

VERDE


No início, os antigos associavam o verde ao ar. O momento em que ele se casou com a água remonta ao século 15. No livro Da cor à cor Inexistente, o autor, Israel Pedrosa, divulga que foi o italiano Leon Battista Alberti (1404-1472), importante teórico das cores, que, vinculando as cores aos quatro elementos - terra, fogo, ar e água -, achou que o verde combinava mais com o último item. O verde da água já era adotado pela tradição chinesa como oposto ao vermelho do fogo. Enquanto o primeiro representa a energia yin, instrospectiva e feminina, o segundo traz a força yang, impulsiva e masculina. Na mitologia greco-romana, a associação do verde com as águas é explícita. Tudo o que estava relacionado aos deuses marítimos tomava essa cor emprestada. Desde então o verde e a água nunca mais se separaram. E uma de suas principais expressões está nas praias. As águas oceânicas, profundas e mais límpidas, são azul-marinho. Isso acontece porque suas moléculas captam os raios solares e refletem apenas a porção azul da luz. Na região costeira, as águas podem se tornar esverdadas porque há a maior influência de partículas em suspensão pelo reflexo do fundo e, especialmente, por uma maior quantidade de microalgas, ricas em clorofila, que irradiam seus tons de verde. Mais do que a lembrança das águas, existe uma questão física que faz o verde fluir dos olhos para a alma. Segundo o pesquisador de cores Luciano Guimarães, em seu livro A cor como informação da editora Anna Blume, é na percepção desse matiz que a retina encontra seu ponto de maior sensibilidade e também por esse motivo "o verde será a cor recebida por nós de forma menos agressiva, com maior passividade."

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