segunda-feira, 28 de março de 2011

EXPOSIÇÃO - AULA 4



Exposição é a quantidade de luz necessária para registrar uma imagem no sensor ou no filme no caso das câmeras analógicas. As câmeras digitais trabalham com sensores elétricos que hoje em dia podem ser do padrão CCD e CMOS. Uma das primeiras coisas que você tem de aprender para controlar a exposição de sua máquina e a utilizar o ISO. O ISO nada mais é que a sensibilidade desse sensor para a luz que entra na máquina. Para se ter uma idéia, você pode utilizar a seguinte tabelinha de referência:


100 ISO é o recomendado para o sol bem forte

400 ISO para dias nublados

800 ou 1600 ISO para fotos internas ou sob holofotes


Estes valores são apenas referência já que você precisa estar sempre atento ao fato de que cada câmera é única em seu conjunto de habilidades e por isso precisa ser exaustivamente testada. Outra coisa para se ter em mente é que quanto maior a sensibilidade do ISO, a tendência é que as imagens percam em qualidade.


Quando você aperta o botão para bater a foto (disparador) você aciona o obturador que abre e deixa entrar a luz que irá chegar até o sensor. Eu costumo dizer nas minhas aulas que as câmeras são como se você estivesse permanentemente de olhos fechados. Quando eu clico no disparador é como se eu pedisse para que você abrisse e fechasse os seus olhos por um momento. Quanto mais rápido for esse abrir e fechar de olhos, menos movimento você irá perceber na cena que irá ficar registrada em seu cérebro. Na câmera, esse controle sobre o abrir e fechar de olhos é chamado de velocidade de obturação.


Nas velhas câmeras mecânicas e nas digitais reflex talvez você encontre um botão externo com controle de obturação.




No entanto, diferente das filmadoras, a máquina fotográfica (esqueça que algumas câmeras digitais também filmam) nao registra o movimento. Por isso, se você deixar a velocidade do obturador muito lenta, ou seja, deixar os olhos da câmera abertas por muito tempo, o que você irá ver será:

Ou seja, as áreas de movimento ficam "manchadas" ja que as imagens são sobrepostas. Eventualmente isso pode causar um efeito interessante. Normalmente as pequenas câmeras automáticas digitais não dão muita opção de controle de velocidade de obturador. Novamente, é recomendado sempre que você leia com atenção o manual para tentar explorar todos os recursos de sua máquina.

Controlada a velocidade do obturador, também é necessário definir qual será a abertura do diafragma. Continuando a nossa analogia, seria como controlar o quanto você irá abrir os seus olhos. Se você está com os olhos semicerrados, evidentemente, entra menos luz do que quando está com os olhos arregalados. Normalmente, você encontra os valores do diafragma informados em padrão f-stop. Veja a tabela abaixo: Se você olhar na lente de sua pequena máquina digital, provavelmente ele irá informar quais os f-stop disponíveis assim como as velocidades. Isso não significa porém que tais valores possam ser controlados manualmente. Você vai ter de experimentar. Apenas as semi profissionais e as profissionais reflex dão um controle completo de abertura e diafragma.


Nas exposições automáticas, em geral, você pode contar com:



  • Prioridade de abertura de diafragma (AE) onde é possivel determinar o f-stop e a câmera calcula sozinha a velocidade de obturação necessária, dependendo da luz disponível.

  • Prioridade de velocidade de obturação (AE) onde você ajusta a velocidade do obturador e a câmera calcula o F-Stop correto.

  • Programação (P) ou totalmente automático: a câmera determina os dois ajustes e às vezes até acerta a sensibilidade do sensor.

  • Automáticos: paisagem noturna, crepúsculo, retrato, etc. (depende de cada máquina).

Nesta aula de exposição vou propor para vocês 4 exercícios básicos que mexem com a exposição. Uma coisa que você precisa saber a respeito das câmeras automáticas é que elas, normalmente, são capazes de calcular para você de uma forma muito competente, a luz do ambiente, de modo que suas fotos saiam de boa qualidade. Existem porém algumas excessões. Como o sensor trabalha em um sistema de comparação de luz, se você estiver batendo a foto de um urso polar no gelo ao lado de um filhote de foca, ou seja, tudo branco, existe a possibilidade deste branco sair meio acinzentado.

A mesma coisa pode acontecer se você fotografar um gato preto em cima de uma pilha de carvão.


Então chegamos ao propósito do exercício que eu chamo de Branco no Branco e Preto no Preto. Junte quatro ou cinco objetos de cor branca (é importante que a parede de fundo seja branca. Se for o caso, forre-a com uma cartolina branca) e tente ir regulando o ISO, o obturador e o diafragma até obter a melhor tonalidade de branco. Faça o mesmo para o exercício de Preto no Preto mudando a cor obviamente. Este exercício ajuda você a compreender as potencialidades de suas câmera com relação à luz do ambiente.


Em segundo, vamos trabalhar com a superexposição e a subsposição. Os recursos que você irá utilizar serão os mesmos. Porém, terá de trabalhar para que uma imagem fique superexposta:


E para que a outra fique subexposta:


Se você quiser enviar as suas fotos para que possamos comentar sobre elas, envie para giscreatio@hotmail.com . Eu sou meio lerdinha, mas vou vendo conforme for tendo tempo.

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